Exclusivo Ex-Free Now Sérgio Pereira capta um milhão e lança Bitloops

Nos planos da startup luso-grega está ainda uma "ronda adicional para 2026, depois da validação comercial do produto".

Da esquerda para a direita, Vasilis Danias e Sérgio Pereira, cofundadores da Bitloops.

Sérgio Pereira, fundador do ComparaJá.pt e antigo diretor-geral da Free Now em Portugal, captou um milhão de euros de investimento para o seu mais recente projeto: a Bitloops, startup que desenvolveu uma plataforma com inteligência artificial (IA) para ajudar a transformar a formas como as equipas desenvolvem interfaces.

“A Bitloops transforma qualquer tipo de design (não precisa de ter um estrutura específica) em websites ou web apps funcionais com código de alta qualidade. Em vez de os developers perderem semanas a escrever código a partir de designs estáticos, recebem blocos reutilizáveis e prontos a integrar nos seus projetos. É como ter um copiloto que entende o que fazer — e o faz com o rigor de um engenheiro sénior, mas em minutos“, explica Sérgio Pereira, ao ECO.

Um projeto num campo diferente até aqui percorrido pelo empreendedor. “É verdade que já lancei projetos como o ComparaJá.pt e a Free Now, mas ambos nasceram dentro de estruturas montadas por terceiros — a ComparaJá foi criada com a Nova Founders Capital, e a Free Now já era uma startup consolidada na Alemanha quando assumi a sua expansão em Portugal”, diz.

“Com a Bitloops, pela primeira vez, estou a construir algo verdadeiramente meudesde a origem, com uma visão técnica e estratégica clara, e um problema que conheço intimamente. A frustração recorrente entre equipas de design e desenvolvimento, especialmente na tradução de interfaces para código de produção, foi o ponto de partida. Decidi que era altura de criar uma solução que eliminasse essa fricção, poupasse tempo e elevasse a qualidade do trabalho técnico. Esta é uma missão pessoal tanto quanto profissional”, explica quando questionado sobre o que motivou o lançamento do novo projeto.

A startup luso-grega, cofundada com o sócio grego Vasilis Danias, acaba agora de fechar uma ronda pré-seed de um milhão de euros, liderada pela Eleven Ventures e Corallia Ventures, com participação de vários investidores-anjo, tendo como objetivo acelerar o desenvolvimento da plataforma e reforçar a equipa.

Somos atualmente oito pessoas — entre engenheiros de frontend, especialistas em IA e produto. O objetivo com esta ronda é expandir a equipa, recrutando perfis chave como: engenheiros de frontend (React, Next.js, etc.); especialistas em machine learning, idealmente com experiência em Graph Neural Network (GNN); designers de produto com background em ferramentas para developers; developer advocates que entendam código, mas também queiram criar conteúdo, gerir comunidade e apoiar o go-to-market”, elenca o cofundador quando questionado sobre o reforço da equipa.
“Queremos manter uma estrutura ágil, mas com excelência técnica e grande proximidade ao utilizador final”, reforça.

A Bitloops está sediada no Reino Unido, “uma jurisdição que nos dá maior flexibilidade e segurança para operar e atrair investimento internacional”, explica Sérgio Pereira. “A nossa equipa, no entanto, é distribuída — com colaboradores atualmente na Grécia, Chipre, Índia e Portugal“, refere.

Operamos num modelo híbrido e altamente colaborativo, com encontros presenciais regulares mas uma forte componente remota. Isso permite-nos manter a agilidade de uma startup tecnológica, enquanto construímos uma cultura de excelência técnica com talento internacional”, diz quando questionado sobre o modelo de trabalho.

Nova ronda nos planos

Com esta ronda, o total de capital levantado é na ordem de um milhão de euros. “Até agora, temos gerido a operação de forma muito eficiente, recorrendo a projetos de consultoria tecnológica para terceiros como forma de financiar a empresa e manter liquidez”, explica o cofundador.

“Esse modelo permitiu-nos avançar com o desenvolvimento do produto sem depender exclusivamente de investimento externo. Mas neste momento, o foco total da equipa está na Bitloops — e em transformar a nossa visão num produto que possa escalar e criar impacto global”, diz ainda.

No início de 2025, a Bitloops lançou uma versão alpha privada já usada por mais de 100 developers. “A validação inicial confirmou que o produto resolve uma dor real — especialmente no arranque de novos projetos. O plano agora é evoluir para beta, alargar o acesso e lançar uma versão pública até ao final do ano”, aponta.

Principais objetivos de negócio? “Crescer a base de utilizadores e empresas parceiras, validar o modelo de pricing e monetização, e iniciar faturação recorrente até fim de 2025″, enumera.

Nos planos está ainda uma “ronda adicional para 2026, depois da validação comercial do produto”. “Terá como foco escalar a operação — tanto a nível de produto como de go-to-market — e deverá posicionar-se entre uma seed e uma série A”, diz. “Ainda é cedo para definir valores exatos, mas o objetivo será financiar a próxima fase de crescimento internacional.”

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